A RESSIGNIFICAÇÃO DO CONCEITO DE VIDEO-LOCADORA: AS NUANCES DE SUA SITUAÇÃO NO ÂMBITO SIMBÓLICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA­­­

RICARDO BÓLICO PROPODOSKI

A RESSIGNIFICAÇÃO DO CONCEITO DE VIDEO-LOCADORA: AS NUANCES DE SUA SITUAÇÃO NO ÂMBITO SIMBÓLICO

ANTROPOLOGIA SIMBÓLICA
SCOTT HEAD

FLORIANÓPOLIS
2014

Introdução

A ressignificação de um sistema de serviço onde a atividade principal desloca do produto em si para um novo e necessário modelo; um conjunto de fatores que sustentam esse sistema e toda a mudança decorrente deste processo de metamorfose. Neste trabalho, focarei nas mudanças decorrentes de uma revitalização das noções do conceito “vídeo-locadora” em várias esferas vinculadas a esse modelo de entidade. Mudanças essas, resultantes da emergência de variadas formas de obter o mesmo produto a um baixíssimo ou nenhum custo, o filme. Portanto, o que a vídeo-locadora, como uma empresa que visa a lucratividade, necessitou realizar para sobreviver na era da consolidação da comunicação digital.
Para dar mais propriedade e autoridade no assunto, é relevante mencionar que o objeto de pesquisa que analiso aqui se trata de uma das maiores redes de vídeo-locadoras do país e que essas mudanças estão ocorrendo de forma sistemática. Importante registrar também que, por trabalhar nessa vídeo-locadora, passo tempo suficiente para observar tais mudanças e fatos que ocorrem diariamente.
Deste modo, o assunto aqui abordado vai além de uma contextualização de como os fatores se dão. Concentrarei o foco em como a antropologia simbólica se insere no discurso referente à transitoriedade intencionada de papeis que a reformulação ocasionou.
Posto isto, dividirei o estudo em três núcleos para assim analisar mais profundamente o assunto. Sendo assim: 1) a loja – como a vídeo-locadora emergiu em seu tempo áureo - 2) clientes – o caminho contrário; o que fez com que as vídeo-locadoras decaíssem - e 3) funcionários – quais os meios procurados para a