A representações da mulher na mitologia nordica
Francielly da Silva Delvalle*
Este é um trabalho de análise da importância social das mulheres, onde buscaremos identificar como os modelos marciais femininos eram representados na mitologia germânica. O interesse em elaborar a presente pesquisa se deu a partir do crescente interesse cinematográfico, especificamente tratando da Antiguidade da cultura germânica, escandinava e viking, ao reproduzir nos cinemas temas épicos da mesma, que tem a cada dia despertado o interesse geral da população para este tema. No que concerne á historiografia brasileira sobre Antiguidade Clássica e Medieval, somos mais consumidores que produtores, aguçando ainda mais nosso interesse no referido projeto.
Dentro da mitologia nórdica, escolhemos analisar especificamente as deusas e seu papel social dentro da mitologia, pretendendo com isso compreender a própria função social da mulher na sociedade viking, pois consideramos importante entender as relações de gênero, e poder, no qual os modelos marciais femininos estavam inseridos dentro do contexto social da época, estabelecendo pontos de convergência e de divergência sobre a vida e costumes das tribos germânicas na Antiguidade e na Idade Média e a nossa atual sociedade patriarcal.
Uma das hipóteses deste trabalho é que a maneira como a deusa viking era representada dentro da mitologia germânica antes do sincretismo religioso cristão mudou radicalmente após esse processo devido ao conflito entre os modelos marciais femininos das deusas e da Virgem Maria, visto que, as duas imagens representavam um modelo feminino a ser seguido pelas mulheres da sociedade. Sendo assim, teremos a imagem da deusa associada a valores guerreiros de auto-suficiência, feminilidade, e feitiçaria, e de outro lado a imagem da virgem, como representante do modelo de pureza, submissão e devotamento á família.
Acreditamos também que o lugar ocupado pelas deusas vikings representava, de maneira geral, o próprio