A representação teológico-religiosa tinha a Igreja Católica Apostólica Romana como detentora do poder e monopolizadora de conhecimento, a estrutura organizacional era o feudo e a sociedade dividia-se em estamentos: clero, nobreza e povo, cada um conhece muito bem o seu lugar, não há questionamentos, já que o homem medieval está condicionado ideologicamente a tomar como verdade tudo aquilo dito pela Igreja uma vez que essa é a porta- voz de Deus. Mas, à medida que essa sociedade evoluía, essa representação teológica tornava-se obsoleta, devido ao surgimento de novas necessidades de outra natureza, Gerada uma vontade de libertação e enfraquecimento da visão religiosa surge à representação cientifica do mundo. Nesse processo alguns eventos são emblemáticos: o Renascimento, o Humanismo, o Experimentalismo e a Reforma Protestante, todos esses eventos proporcionaram uma série de mudanças, desde o critério de verdade, que passou a ser considerado verídico aquilo que pudesse ser provado experimentalmente, passando pelo âmbito político (crise do sistema absolutista, fundamentado na origem divina da autoridade dos reis e criação do Estado liberal.) social (Predomínio do individualismo) econômico (superação do sistema feudal de produção e o desenvolvimento do sistema capitalista). O modo de produção passou de agrário e artesanal para industrial e em larga escala. As relações de produção passaram de uma dicotomia senhor-servo para outra do tipo patrão-empregado, isto é, foram transferidas de uma situação servil/escravista, para uma situação de trabalho livre assalariado. Com isso, os vínculos do processo produtivo passaram a se fazer através de uma relação contratual. Ademais essa nova realidade proporciona algo até então raríssimo de acontecer na idade média, mas possível na sociedade moderna devido a sua divisão em classes sociais que é a oportunidade de ascender socialmente, por meio do trabalho e dos estudos um indivíduo pode almejar melhores condições de vida para si.