A questão ambiental
Essa abordagem positivista não possibilita uma visão abrangente da problemática ambiental, uma vez que considerava os elementos de forma não totalizante. Foi a partir das décadas de 1960-70 que novas formas de considerar o meio ambiente passaram para as esferas de discussão. E não por acaso foi nesse período, mas é que nessa época a situação ambiental não tinha mais como ser negligenciada.
A problemática ambiental, em primeiro lugar, deve ser compreendida como um problema social e, portanto, tem caraterísticas históricas que não únicas, ou seja, não é universal. O mundo material é compreendido pelos sujeitos sociais que o fazem a partir de distintos usos e significações a respeito do meio. Dessa forma, se consideramos que os sujeitos sociais atribuem significados e fazem diferentes usos do mundo material, sociedade e meio ambiente fazem parte de uma mesma realidade indissociável.
Uma das formas atuais de analisar a questão ambiental é a partir de abordagens liberais, que creem que a partir de um mercado livre, sem regulação externa, a problemática que envolve o consumo e meio ambiente serão contornadas pelos próprios auspícios mercadológicos. Acredita-se que o mecanismo de livre-oferta e livre-procura, que são guiadas pelos interesses dos indivíduos, tem essa capacidade. De toda forma é necessário observarmos que o funcionamento do sistema capitalista necessita de um contínuo aumento do consumo, ou seja, é incompatível com a problemática ambiental atual. Uma saída apontada por parte dos especialistas é a internalização das externalidades sociais e ambientais.
Assim, os custos ambientais e sociais decorrentes da esfera produtiva devem ser repassados aos