A Profissão Contador na Atualidade e Projetos para o Futuro
Seu Futuro
Autor: Charles B. Holland, Contador e Sócio Diretor da Ernst & Young, MBA pela Wharton Business
School , EUA.
Artigo publicado no Boletim do IBRACON, Revista da Associação de Executivos de Finanças, Administração e Contalidade
– ANEFAC, e pelo Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, em 2000 e 2001
INTRODUÇÃO
Temos hoje 405 Faculdades de Ciências Contábeis, 140 mil contadores registrados nos Conselhos
Regionais de Contabilidade e mais de 3 milhões de empresas/entidades jurídicas onde os serviços de prestação de contas/contabilidade são requeridos. Os dados quantitativos são impressionantes.
Também sabemos que a maioria das empresas/entidades jurídicas acima estão autorizadas, com base na
Lei 9718 de 1998, de optar pelo pagamento do imposto de renda pelo lucro presumido e assim eliminar , na prática, a escrituração contábil. Até empresas com sócio ou acionista residente no exterior, com receitas anuais inferiores a R$24 milhões, podem fazer declarações de renda “pelo presumido”.
Outra praga prosperando em nossos solos é o “Simples”, que é muito simples. O Governo, para aumentar a arrecadação, está cada vez mais concentrando os seus esforços nas médias e grandes empresas, tornando os encargos tributários excessivos para elas e modesto para mais de um milhão de empresas, que optaram pelo Simples, pagando muito menos impostos, e dispensadas de manterem para consulta, um sistema entendível de prestação de contas, mediante registros de contabilidade, que hoje podem ser elaborados com micros e softwares de forma muito econômica e eficiente. Todos nós sabemos que a prestação de contas através de contabilidade elaborada com profisssionismo, promove retidão. Fora do Brasil, exige-se cada vez mais prestação de contas, mais completas e esclarecedoras, sempre com a obrigatoriedade da contabilidade aderir aos princípios fundamentais de contabilidade. O primeiro