A Primera Vez
Primeiro ato. Quando o “impossível” aconteceu, meus sentimentos por ela eram transparentes, porém erámos amigos. Chamei-a naquela hora, precisava transformar minha melodia platônica em uma música real, codificando sentimentos em entendimentos, canalizando todo meu medo. Em seu olhar, foquei no que era simplesmente verdadeiro e puro em sentimento, então aquelas três palavras entoaram o fim do meu momento: EU TE AMO.
Segundo ato, o momento dela. Tinha que processar meus sentimentos e retornar uma resposta, eu torcia por reciprocidade, esperando também toda a negatividade, as frases feitas: “Eu gosto de você como amiga”; “Não quero estragar nossa amizade”.
O momento dela parecia eterno, eu tentava prever as palavras que iriam sair de sua boca, infelizmente minhas experiências passadas apontavam para “não” com um toque de piedade. Os longos minutos de silêncio me torturavam por dentro. Existiam apenas dois tipos de respostas: sim ou não. Sempre me expressava da mesma forma nessas situações, eu precisava complementar meu discurso. Queria falar sobre o “impossível” antes de qualquer definição, então percebendo que ainda não era o momento da resposta, resolvi interromper aquele silêncio.
Terceiro ato, meu último argumento. Comecei a falar do “impossível”, esclareci que na minha vida sempre amei alguém, porém sempre acabei com meu coração partido, por isso construí armaduras enquanto reparava os estilhaços. Tornei-me infiel ao meu ser, percebi que nunca amei o que mais importava, por isso acabava sempre com o coração ferido ao final da canção. Ao estar com