A população
Evolução da população residente em Portugal na segunda metade do século XX
Na década de 60, a população sofreu uma diminuição considerável, facto que se verifica pela taxa de saldo migratório negativa. No entanto, a população aumentou significativamente nos anos 70 graças ao facto da taxa de saldo migratório ter passado a ser positiva, aumentando, assim, a população residente no país. Na década de 80, a população voltou a diminuir ligeiramente porque a taxa de saldo migratório tornou-se novamente negativa e a taxa de crescimento natural foi diminuindo também. Por fim, nos anos 90 até à actualidade, como a taxa de saldo migratório voltou a diminuir graças aos imigrantes, a população continuou o seu aumento, apesar da descida da taxa de crescimento natural.
Evolução da população nas décadas de 60 e 70
Na década de 60, a população sofreu uma diminuição devido ao fraco desenvolvimento das actividades e da economia portuguesa, o que motivou muitas pessoas a emigrarem, sobretudo, em direcção aos países da Europa Ocidental, como França e Alemanha, onde teriam melhores condições de vida. Esse decréscimo também se deve ao Estado Nova, à opressão do regime de Salazar e à Guerra do Ultramar que fez com que muitos jovens emigrassem para fugirem ao serviço militar obrigatório.
Na década de 70, houve o processo inverso, ou seja, a população total aumentou. Isso explica-se pela revolução do 25 de Abril de 1974 em que muitos portugueses regressaram das ex-colónias.
Taxa de crescimento natural no Interior
A realidade na actualidade é que as taxas de crescimento natural são baixas no Interior e até mesmo negativas em muitas Nuts II. A principal razão para esta situação é o êxodo rural. As pessoas emigram em direcção ao litoral porque é aí que se encontram cidades atractivas de um modo geral. O resultado é que a população activa e em idade de procriar diminui no interior do país. Assim, a taxa de natalidade diminui. No