A Ponte Girat Ria
Ponte Giratória "aberta" - Década de 1920
A Ponte Giratória ligava o bairro do Recife ao de São José. Foi inaugurada no dia 5 de dezembro de 1923, servindo à cidade do Recife até a década de 1970.
A Ponte Giratória foi construída na bacia defronte da antiga “Barreta”, embocadura do rios Capibaribe e Beberibe, que era a passagem natural das barcaças e outras embarcações do mesmo porte, na época o único meio de transporte que se destinava aos cais interiores ou fluviais do Recife, como o da Alfândega, José Mariano e o do Colégio, também conhecido como Ramos.
Alfândega e a "Barreta" em 1906
Cais do Colégio ou de Ramos - 1858
Ao fundo a Ponte do Recife
A título de curiosidade, o Cais do Colégio ou de Ramos (acima), urbanizado em 1840, foi posteriormente chamado de Cais 22 de Novembro, em alusão à data do desembarque neste local da Família Imperial, em sua visita à Pernambuco em 1859, em frente à atual praça Dezessete. O nome "cais do colégio [dos jesuítas]" vem da época em que o prédio em frente ao cais, construído em 1642 para ser a igreja dos calvinistas, foi usado como colégio jesuíta de 1686 a 1760; hoje em dia, desde 1855, funciona no local a Igreja do divino Espírito Santo.
Voltado ao tema "ponte giratória", a sua construção foi determinada quando da modernização do porto do Recife, cujas obras ficaram a cargo da Societé de Consttruction du Port de Pernambuco até 1920, ficou estabelecido que, entre outras obras de apoio, seria construída uma ponte rodo-ferroviária de vão central giratório na bacia defronte à "Barreta" a fim de favorecer a passagem das embarcações veleiras e, ao mesmo tempo, para dar passagem ao transporte ferroviário para o porto do Recife. A linha férrea havia sido construída para as obras do porto e se tornou o principal meio de transporte para as cargas. Já as embarcações ainda transportavam açúcar e vinham de regiões não servidas por ferrovias e se utilizavam do cais do Abacaxi, hoje cais de Santa Rita, e dos cais da