A política
A política de educação pré- escolar no Brasil
A discussão sobre a política de educação pré- escolar supõe que se leve em conta o fato de apenas a minoria de criança dessa faixa etária estar sendo atendida hoje no Brasil. Supõe que possibilidades de acesso à escola sejam oferecidas a todas as crianças e que o trabalho pedagógico realizado as beneficie ao invés de aumentar a marginalização que sofrem.
A Situação da Criança no Brasil e seu Atendimento.
Os dados referentes às crianças em idade pré- escolar no Não são completos muitas vezes contraditórios. Entretanto, o que de mais grave esses dados demonstram é a situação precária das classes sociais, mais da metade das famílias brasileiras tem renda mensal de até dois salários mínimos.
Diagnóstico Preliminar, a população de zero a seis anos oscilavam em 1975 em torno de 21 milhões. Segundo referenciais daquele Diagnóstico, a mortalidade infantil dos menores de cinco anos chegava naquele ano a 37,97%, dos quais 51,20% na região Nordeste; 42% na região Centro-Oeste e 37,61% na região Norte (14p.25).
Ferrari e Gaspary mostram como a expansão das matrículas no pré- escolas tem privilegiado os menos carentes, havendo uma profunda desigualdade no atendimento pré- escola.
A concretização do atendimento à maioria das crianças está longe de se tornar realidade. No período 1968-1974 aumentaram percentualmente as matrículas da rede privada ( 38,59 para 45,11%) em detrimento das oferecidas pela rede pública (de 61,% para 54,89%) . É importante lembrar que apesar de a matrícula ter-se expandido naquele período, em 1974, apenas 3,51% da população em idade pré- escolar eram atendidos, incluindo-se os setores públicos e privados.
Ora, a oferta de vagas para instituições pré-escolares públicas está intimamente ligada à questão dos recursos financeiros.
Didonet interroga:
“de que adianta educadores e administradores estarem conscientes da importância e da urgência das crianças, principalmente dos meios