A politica
“A cessação do trabalho é ela própria um prazer e faz parte da felicidade da vida, felicidade esta que não se pode apreciar em meio às ocupações e que só é bem sentida nos momentos de lazer. Não nos entregamos ao trabalho senão com vistas a algum fim. A felicidade é um destes fins. E esta felicidade não somente não contém nenhum desgosto como também se apresenta ao espírito de todos acompanhada de prazer.” As preocupações de Aristóteles com a política aparecem tanto no sentido de determinar o modo ótimo da comunidade política esta que possibilite a felicidade plena e a autonomia das cidades, a autonomia, ou seja, o ser a cidade um fim em si mesma, justamente, o atributo que Aristóteles confere a esse tipo de comunidade humana quanto no de afirmar os meios de governo para que se chegue essa felicidade.
A ciência política é classificada pelo como uma ciência prática que, ao contrário das ciências teóricas, busca um meio para a ação. Na primeira parte da obra, Aristóteles procura definir a cidade como uma forma de comunidade que tem um fim que a justifica, e descrevê-la através de um método analítico que evidencie as partes que a compõe. A cidade é concebida por Aristóteles como uma comunidade política que, como as demais comunidades, formam-se para um bem.
Ela e segundo o filósofo uma união de famílias e de clãs para viverem melhor, com vistas a uma vida perfeita e independente. Não é, assim, apenas uma reunião de pessoas para evitarem ofensas recíprocas ou para intercambiar produtos, mas aquela na qual essas pessoas guardam entre si