A POESIA TROVADORESCA
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A POESIA TROVADORESCAJAQUELINE DO SOCORRO COSTA SILVA
Segundo Sandra Pesavento (2006), para obtermos a aproximação da história com a literatura, precisamos entender como se apregoa a sociologia da literatura, que há tempos atém o texto ficcional no seu tempo, obtendo o quadro histórico no qual o autor vivera e escrevera sua obra. A história, por outro lado, enriquecia por vezes seu campo de análise com uma dimensão “cultural”, na qual a narrativa literária era ilustrativa de sua época. Prontamente, a literatura cumpria face à história um papel de descontração, de leveza e de subterfúgio.
Portanto, História e Literatura são indissolúveis. Desta forma registram através de uma linguagem condensada e metafórica os acontecimentos significativos de determinada época.
O que distancia uma da outra é o fato de a Literatura não poder se limitar a datas – tal como aprendemos nas séries iniciais, nas quais víamos que esta disciplina possui, erroneamente, data de “fabricação” e data de “validade”, principalmente quando a discussão refere-se aos grandes movimentos literários.
O que acontece na verdade, é que a Literatura nos ajuda a compreender determinadas passagens da História, que foram registradas pelos grandes representantes do “fazer literário” – e foi ela que nos ajudou a acompanhar o processo de chegada dos portugueses em terras brasileiras, por exemplo.
Em História da Literatura Portuguesa (1989), Antônio José Saraiva e Oscar Lopes ratificam que quase todas as literaturas têm sua gênese no verso. Sendo assim, ela possuía como seu maior veículo de comunicação a oralidade, haja vista que as histórias eram contadas por um contador a um ouvinte, que recontava a história para outro ouvinte, que, por sua vez, tornava-se, também, um contador – ou “cantador”, no caso do Trovadorismo. Desta forma, as narrativas eram disseminadas e perpetuadas no mundo literário. A fácil