A peliferia como fronteira de expansão do capital

Na década de 20 foram criadas diferentes formas mercadorias criou também ao longo da história diferentes formas de trabalho assalariado, ela induziu também, a produção de um espaço urbano desigual e fragmentado.

Entre 1930 e 1940 já são construídos os primeiros edifícios em São Paulo, dando início a seu processo de verticalização. Empresas envolvidas na construção de infraestrutura, na multiplicação de rodovias, aventuraram-se também na construção de hidroelétricas. A enorme demanda por materiais de construção, impulsionou a implantação e o desenvovimento da produção de materiais de construção em São Paulo, fator de relevância para a expansão da produção doméstica.
A partir do fim da segunda guerra mundial, por conta de vários fatores à habitação tornaram-se o trinômio loteamento popular, casa própria, auto-construção a forma predominante de assentamento residencial da classe trabalhadora.
Com mudanças na estrutura industrial brasileira surgiram a construção da periferia da cidade de São Paulo, que também se estrutura através da casa própria, construída em lotes individuais, cuja posse, por sua vez, assegura o acesso a crédito para a compra dos bens duráveis recém-instalados no país, a modernidade passa a ser entesourada na precariedade urbana da periferia.

É a partir dos anos 30, que o Estado assume com continuidade, através dos IAPs, alguma responsabilidade na provisão de habitação para a classe operária urbana. Além da intervenção direta na economia, um dos elementos constitutivos de um novo padrão de intervenção estatal no governo Vargas foi a incorporação de reivindicações da classe operária reapresentadas como direitos sociais . Desta forma foram incorporadas pelo Estado reivindicações históricas da classe operária, reconhecida a presença do operariado no cenário político.
A grande maioria da classe trabalhadora não tem condições de se beneficiar de financiamento do Estado para aquisição de habitação por conta de morar em um terreno irregular.