A origem
1. É importante conhecermos o percurso histórico da chegada da psicopedagogia no Brasil, para compreendermos a forte influência de aspectos médicos e psicológicos nos cursos iniciados no país na década de 70.
A partir da leitura dos textos da plataforma, explique estas influências e seus desdobramentos na ação do psicopedagogo hoje.
O termo Psicopedagogia nasceu da necessidade de melhor compreensão do processo de aprendizagem, se constituindo em uma nova área. Segundo Macedo (1990, apud Bossa, 2007), tem sistematizado diversos ramos de atuação recorrendo à psicologia, psicanálise, linguística, fonoaudiologia, medicina, pedagogia e requer do profissional que atua na área uma formação interdisciplinar. Para Bossa (2007) O reconhecimento do caráter interdisciplinar significa admitir a sua especificidade, uma vez que a psicopedagogia, na busca de conhecimentos em outros campos, cria seu próprio objeto, condição essencial da interdisciplinaridade. (pp. 5-6). De acordo com a leitura “a Psicopedagogia começou a ser difundida no Brasil, na década de 1970, pois as dificuldades de aprendizagem naquela época eram associadas a uma disfunção neurológica denominada disfunção cerebral mínima (DCM) servindo para esconder problemas sociopedagógicos (BOSSA, 2000, pp. 48-9)” [1]. , ou seja, a psicopedagogia chegou ao Brasil pautado no modelo médico de atuação das dificuldades de aprendizagem. Cabe ressaltar que na Europa os problemas de aprendizagem eram estudados e tratados por médicos já que era interpretado como um problema orgânico. Isso acabava patologizando ou rotulando o sujeito. A Psicopedagogia foi introduzida aqui no Brasil baseada nos modelos médicos de atuação e foi dentro desta concepção de problemas de aprendizagem que se iniciaram, a partir de 1970, cursos de formação de especialistas em Psicopedagogia na Clínica Médico-Pedagógica de Porto Alegre, com a duração de dois anos (Id. Ibid., 2000,