A obra de arte e o espectador contemporâneo, resenha do texto de alberto tassinari

951 palavras 4 páginas
O conceito, a forma de se pensar, observar e realizar arte, manifestamente, mudou ao decorrer do tempo. Na Idade Média, arte era produto de uma ação mecânica, técnica. O Renascimento e sua ideologia inovadora libertam a arte destes padrões formais. O século XVIII, por sua vez, está vinculado essencialmente com a estética. No entanto, somente a partir do século XX que a técnica iniciou seu verdadeiro processo de desmistificação e foram agregados outros valores, igualmente importantes, para a obra de arte. Tal “processo evolutivo” teve um reflexo na complexidade e abrangência do significado da “arte”, muito discutido por historiadores, na tentativa falha de classificá-la, ou melhor, conceituá-la em apenas um termo, chegando assim na sentença máxima de que arte é “o produto de qualquer atividade humana” ‒ assim como era na antiguidade clássica, porém, com relativa hierarquia.
Sendo assim, a arte e sua classificação perderam seus limites ‒ legitimados pelos ready-mades do artista francês Marcel Duchamp, os quais vieram para confirmar e principalmente criticar o valor que a arte tem na sociedade. Estas mudanças ditadas pelas vanguardas do século XX encontraram dificuldades de aproximação com o público, que a tecnologia, desenvolvida com mais força na mesma época, não encontrou. O maior problema, ainda é verificar o artístico em uma obra, ou seja, reconhecer o que faz uma obra de arte, realmente ser uma obra de arte, dentro deste amplo cenário. Esta é a investigação que Alberto Tassinari, em seu texto “O espaço moderno”, no capítulo “A obra de arte e o espectador contemporâneo procura desvendar. Sendo o campo artístico subjetivo, esta veracidade é confirmada no íntimo de cada espectador, que atribui seus próprios argumentos para cada caso, tornando assim, de certo ponto de vista, este, um assunto sem sentido. Porém, quando analisados, o artista, o processo de criação e a obra finalizada, percebem-se relações que podem explicar, com pragmatismo, esta questão universal,

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