A noção da liberdade de emílio de rouseau
O Iluminismo não é o objeto de estudo deste trabalho, mas não tem sentidorefletir sobre Rousseau sem esclarecer que o maior movimento de massas do séculoXVIII foi de caráter político, econômico e ideológico. Ele é a marca do moderno,pois criticou várias concepções medievais em política (criando os Três Poderes),direito (consolidação da propriedade privada), filosofia (racionalismo e empirismo)e contestou boa parte do poder da Igreja ao questionar a monarquia, seu maiorbraço político, ainda que até a ascensão e queda de Napoleão Bonaparte. A lâminada guilhotina caindo sobre a cabeça de Luís XVI e de Maria Antonieta foi o símboloda Revolução Francesa e da ascensão da burguesia ao poder na França.De acordo com Gadotti,
Entre os iluministas destaca-se Jean-Jacques Rousseau que inau-gurou uma nova era na história da educação. Ele se constitui nomarco que divide a velha e a nova escola. Suas obras com grandeatualidade são lidas até hoje. Entre elas citamos
Sobre a desigualda-de entre os homens, O contrato social e Emílio
. Rousseau resgata pri-mordialmente a relação entre a educação e a política. Centraliza,pela primeira vez, o tema da infância na educação. A partir dele acriança não será mais considerada um adulto em miniatura; elavive em um mundo próprio que é preciso compreender: o edu-cador para educar deve fazer-se educando de seu educando; acriança nasce boa, o adulto, com sua falsa concepção da vida, éque perverte a criança (2005, p. 86).
Rousseau, filósofo, ligado ao Iluminismo francês, reivindicava os direitos in-dividuais e, consequentemente civis, para a burguesia. Embora não estivesse preo-cupado com as classes mais pobres, sua ideologia, de certa forma, também resultouem benefícios a esta. Apesar de propor-se a viver pobre e tendo uma vida simples,Rousseau esteve, quando adulto, ligado a pessoas ricas, sendo até mesmo secretárioda embaixada da França em Veneza. Foi este novo mundo que permitiu surgirempensadores