A nova rota da logistica
Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 | A ineficiência da matriz de transportes no Brasil, calcada nas rodovias, que respondem por 60% da movimentação de cargas, vem estimulando uma série de negócios pelo País afora. O trânsito complicado e as crescentes restrições à circulação de caminhões na cidade de São Paulo têm feito crescer a construção de condomínios industriais ao lado das rodovias que cortam o interior da capital paulista, enquanto operadores logísticos têm investido para aumentar sua presença nacional e para testar novos modais, de olho no aumento da eficiência e na redução de custos. A GR Properties, que atua na área imobiliária, inaugurou, em janeiro, em uma área próxima às rodovias Dom Pedro e Anhanguera, na região de Campinas, um espaço de 24 mil metros quadrados que funcionará como condomínio logístico. “Mal foi entregue, já está quase tudo locado, seja para empresas que querem o espaço para distribuição própria de produtos, seja para operadores que prestam serviços logísticos”, afirma Guilherme Rossi, fundador e presidente da GR Properties. A empresa está concluindo outra obra, na mesma região, com 36 mil metros quadrados, que já está em estágio avançado e deve ser entregue no segundo semestre. “Pretendemos alugar em dois ou três meses”, diz o empresário, que é herdeiro da incorporadora Rossi Residencial. Nos dois condomínios industriais, os investimentos somados chegaram a R$ 115 milhões. De acordo com Rossi, a empresa agora está prospectando oportunidades em terrenos próximos do trecho Oeste do Rodoanel. “O Brasil anda de caminhão, então estamos de olho nessas áreas em que passa uma parcela importante da economia brasileira”, afirma. Os negócios atualmente estão concentrados em São Paulo, mas Rossi já estuda o ingresso no mercado do Rio de Janeiro, onde analisa a abertura de um escritório em 2013. A ideia é comprar terrenos na via Dutra, rodovia que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, próximos da entrada da capital