A mímica
“Função expressiva da mímica” (P.20)
Começamos a entender pelos temas anteriores, como demonstrar os nossos pensamentos satisfatoriamente através da fala. O linguista Mattoso Camara, de forma muito sabia, vem aos poucos desenvolvendo este tema (elocução, expressão). Ele aborda em seu livro (“expressão oral e escrita” p. 20-25), uma ferramenta essencial na comunicação, muito usada pelos surdos-mudos, chamada mímica. Ele se refere a todo e qualquer tipo de movimento usado em uma conversação, e apresenta a mímica de forma geral, como um “complemento ao ato de falar” (p.20).
A mímica expressa de forma visual àquilo que realmente queremos dizer. É através dela que demonstramos até mesmo o nosso interesse para com determinados assuntos. Em uma elocução, o uso da mímica pode vir naturalmente, algo espontâneo sem uma prevê preocupação do locutor. No entanto o autor nos coloca no “dever de levar os gestos em conta para deles se tirar o recurso cabível” (p.21), ou seja, o uso inteligente de tal atributo para beneficio do próprio individuo que a usa. Coloca-nos na obrigação de “eliminar todos aqueles (gestos) que não se justificam pelo seu valor expressivo.” (p.21).
Ele também nos adverte que, ao não fazermos uso da mímica nossa locução pode se tornar artificial: “Falar imóvel e com a fisionomia inalterada é atitude inteiramente artificial e dificílima senão praticamente impossível.” (p.21)
Portanto, não podemos negar a importância da mímica. Por meio dela, se pode até definir o quanto um orador pode ser eloquente. É uma grande aliada para quem discursa, e a usa de forma consciente, e sem