A Mulher na sociedade grega
Grécia arcaica, anterior ao século XII a.C., as mulheres foram altamente veneradas pela sociedade em que viviam, pois, como acontecia em Creta e Micenas, possuíam o domínio sobre a sua fecundidade, tendo como conseqüência a possibilidade de escolher seus parceiros e como teriam seus filhos, além de viver em relativa igualdade de condições com os homens, pelo menos em comparação com a maior parte dos povos do Mar Mediterrâneo, Europa e Oriente Médio. Talvez seja devido à existência desta sociedade agrícola, chamada pelos historiadores de civilização minóica ou cretense, que os gregos criaram mitos como o das amazonas.
No decorrer do processo das sucessivas invasões nórdicas sobre os povos gregos autóctones da península balcânica, das ilhas gregas e do litoral Ásia Menor (atual Turquia), durante os séculos XII a VII a.C., as mulheres perderam espaço na sociedade e a condição de inferioridade em relação aos homens foi imposta a elas. Isto ocorreu porque os povos que invadiram esta região, tanto os micênicos como os dórios, jônios e eólios, constituíam suas sociedades guerreiras e comerciais de modo patriarcal, ou seja, os homens, na pessoa dos patriarcas, possuíam o domínio total sobre a vida de seus familiares, incluindo as mulheres, as crianças e os criados.
Mesmo no período da democracia em Atenas, durante o governo de Clístenes (570-507 a.C.), entre 510-507 a.C., foi legalizada a exclusão da participação política das mulheres, das crianças, dos escravos e dos estrangeiros. Portanto, as mulheres, nesta sociedade, sofriam discriminações tanto quanto os demais excluídos, pois considerava-se cidadãos
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apenas os indivíduos nascidos em Atenas, do sexo masculino, proprietários de terras e somente esses que tinham direitos políticos.
As esposas legítimas eram as filhas dos cidadãos atenienses, criadas de forma simples no gineceu (parte da casa grega destinada às mulheres).
As mulheres atenienses mudavam da tutela do pai