A mulher machadiana na personagem virgília em memórias póstumas de brás cubas
EM MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS
SILVINO NUNES TORRES RÔMULO GIÁCOME FERNANDES
RESUMO
O trabalho em questão analisa de forma literária a mulher machadiana e a personagem Virgília e o que representou a sua atitude ao sustentar uma relação adulterina com Brás Cubas. O foco central retratado por Machado de Assis é como suas personagens veem e sentem as circunstâncias psicológicas da vida, como lidam com a própria morte e a de pessoas queridas, vivem as situações de conflito do triângulo amoroso machadiano Brás Cubas/Virgília/Lobo Neves em Virgília. Esta pesquisa analisa a obra literária de influência como é a de Machado de Assis: Memórias Póstumas de Brás Cubas e como a narrativa procede por meio do defunto autor e do autor defunto, de consciência retrospectiva, possuindo a característica de ser obra de transição do Romantismo ideológico para o Realismo psicológico, tendo como pano de fundo a sociedade elitista, hipócrita, patriarcal, opressora e machista carioca do final do século XIX e início do século XX. As mulheres machadianas são realmente destemidas, revolucionárias, cruéis, corruptas, manipuladoras e ilegais. Em Machado é possível perceber uma forte tendência feminista em suas obras, já que é possível também verificar que elegeu mulheres para pregar suas ideologias libertadoras, progressistas e humanistas.
PALAVRAS-CHAVE: Mulher, relação adulterina, triângulo amoroso machadiano.
INTRODUÇÃO
Ao pesquisar a personagem Virgília na obra Memórias Póstumas de Brás Cubas do maior romancista do Brasil e um dos maiores do mundo, não se tem a intenção de enveredar pela bibliografia macha¬diana exaustivamente, pois correria o sério risco de perder o rumo. Também não se tem a intenção de dissertar, ainda que brevemente, sobre a obra mais emblemática do maior romancista da língua de Camões.
Nesta pesquisa, pretende-se analisar a personagem Virgília nas clássicas Memórias