A maçonaria alemã e suas atitudes
FRENTE AO REGIME NAZISTA
Ven∴ Ir∴ Alain Berhein, 33°
Este artigo não visa, de qualquer forma, atingir a Alemanha ou a Maçonaria alemã.
Pelo contrário, pode ser visto como uma expressão de gratidão a um grande número de
Irmãos alemães que, sob minha ótica, salvaram a honra da Maçonaria alemã durante o período mais difícil de sua história, assim como uma contribuição para um melhor entendimento do tema pelos maçons.
Embora preso em Paris pela Gestapo como um jovem francês de 12 anos de idade, em
1943, decidi viver na Alemanha a partir de 1960. Tornei-me maçom em 1963 e, de 1977 a
1991, estive sob a jurisdição das Grandes Lojas Unidas da Alemanha e do Supremo
Conselho Alemão.
Há uns dez anos atrás, a questão sobre as responsabilidades sobre a ascensão de
Hitler foi brilhantemente analisada por Barbro Eberan em Lutero? Frederico “o Grande”?
Wagner? Nietzche ?...?...? Quem foi responsável por Hitler? (Luther ? Friedrich «der
Große» ? Wagner ? Nietzsche ? ...? ...? Wer war an Hitler schuld ?), uma tese apresentada em Estocolmo. Ela mostrava que, muitos anos após o fim da 2ª Guerra Mundial, a história da Alemanha sob o regime nazista ainda continuava um tema difícil de ser abordado.
Após 1945, foram precisos 13 anos de esforços para que a Maçonaria Alemã retomasse sua unidade, coroados com a fundação das Grandes Lojas Unidas da Alemanha
(Vereinigte Grosslogen von Deutschland) em 1958. A história maçônica alemã após 1918 é tão delicada que poucos Irmãos ousaram debruçar-se sobre o tema. A tarefa não é somente difícil pelas razões relacionadas às diferentes tradições das várias Grandes Lojas fundadas em um período de 200 anos, como pelas atitudes destas Grandes Lojas com relação a Hitler e o regime Nacional Socialista.
Um excepcional livro de 300 páginas, publicado em dezembro de 1962 por
Friedrich John Böttner, Zersplitterung und Einigung (algo como “Fragmentação com
Acordo”) descreve desde o início como as