A língua latina
O latim, língua dos romanos, do pensamento de Roma e de sua brilhante civilização, pertence à família das línguas indo-européias. O indo-europeu representa uma vasta família de grupos de línguas faladas no oeste da Ásia (Irã, Paquistão, Índia, Ceilão) e na Europa toda (e Américas depois das grandes navegações) com exceção do basco, húngaro e finlandês. Ainda é muito incerto o período em que seria falada essa língua, que segundo os autores, pode ser de entre 5000 a 2000 a.C. O período mais aceito é o 3º milênio a.C.
A língua latina é descendente do grupo itálico do indo-europeu. Antes disso, conforme nos ensina Meillet, em Les dialectes indo-européens (Paris, 1922: 38), havia uma unidade anterior, o ítalo-céltico, porque há particularidades comuns às línguas itálicas (latim, osco, umbro etc.) e às língua célticas (bretão, irlandês, galês, etc.), em contraposição com as demais língua indo-européias. Mas, sem sombra de dúvida, o grupo das línguas itálicas (ou itálico comum) apresenta ligações mais estreitas entre si do que qualquer outro grupo indo-europeu, tais como o germânico, o grego, o balcânico-eslavo e o indo-iraniano.
Não existem documentos em indo-europeu, pois esta é uma língua proveniente de reconstituição, feita através do método histórico-comparativo (século XIX). Este método foi inaugurado por Franz Bopp, no estudo das línguas indo-européias, ao comparar o sistema de conjugação do sânscrito, latim, grego, persa e germânico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASSETTO, Bruno Fregni. Elementos de filologia românica. São Paulo: Edusp, 2001.
BOURCIEZ, Édouard. Éléments de linguistique