A logística na fórmula 1
Desde 1972 ocorre o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, sendo que, a partir do ano seguinte, o GP passou a ser incluído no calendário oficial do Campeonato Mundial de Fórmula 1. Desde 1990, de forma ininterrupta, o autódromo de Interlagos, em São Paulo, vem sediando a corrida. Trata-se de um evento que atrai milhões de expectadores do mundo inteiro, além de atrair a atenção da mídia mundial e movimentar os setores de serviços, hotelaria e turismo brasileiros. Por trás de todo o espetáculo proporcionado, existe um colossal esforço de logística para viabilizar o evento. Este trabalho enfoca um dos aspectos de logística envolvidos.
2. Por Que a Escolha de Viracopos?
Há mais de uma década Viracopos recebe os equipamentos da Fórmula 1. A possibi-lidade de receber aviões cargueiros puros, os baixos índices de fechamento do aero-porto e as excelentes condições da malha viária que ligam Campinas à São Paulo fa-vorecem a chegada dos carros no aeródromo campineiro. Atualmente, Viracopos é um dos maiores aeroportos do país em movimentação de carga. Só em 2007, cerca de 239 mil toneladas de mercadorias passaram pelo Teca do aeroporto.A facilidade para rece-ber aviões cargueiros de grande porte e o baixo índice de fechamento qualificaram o aeroporto para realizar tal operação.
Para liberar rapidamente os carros e equipamentos, a Infraero e a Receita Federal montaram uma operação especial de desembaraço das mercadorias. Empregados do aeroporto e fiscais aduaneiros foram designados para atender exclusivamente aos vôos da Fórmula 1 durante os cinco dias em que durará a operação. A carga é desembaraçada no próprio pátio de aeronaves, sem passar pelo Teca (Terminal de Logística de Carga) e, em seguida, é embarcada em carretas com destino à Interlagos. Para cada avião são ne-cessárias cerca de 15 carretas que se deslocam em comboio até São Paulo. No total, 22 carretas participam do transporte. Elas são escoltadas por carros e motos da Polícia Rodoviária