A Iugosl via
Tito: Do ponto de vista interno, a Iugoslávia adota, então, medidas mais próximas do capitalismo do que do socialismo: o lucro não é proibido e a socialização, tanto na cidade como nos campos, é feita moderadamente. Em termos internacionais, o país aproxima-se do Ocidente, tendo recebido ajuda dos EUA.
Com a morte de Stalin, os novos dirigentes soviéticos tentam uma reaproximação; vão a Belgrado e suspendem os ataques ao governo iugoslavo. Tito retribui a visita e durante algum tempo tem-se a impressão de que voltaria a filiar-se ao grupo socialista. Mas, sem jamais ter-se aliado completamente ao lado ocidental, tampouco se une completamente ao lado comunista. Tito prefere juntar-se à chamada "corrente neutralista", da qual participam Nehru (Índia) e Nasser (Egito), que durante algum tempo parece reunir o chamado Terceiro Mundo. As dissensões internas nos países desse grupo, a morte de Nehru e, depois, a de Nasser, acabam deixando Tito só e voltado exclusivamente à Iugoslávia.
Foi graças à sua política de não-alinhamento durante a Guerra Fria e de divisão dos poderes entre as repúblicas que formavam a Iugoslávia (Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro e Macedônia) que Tito conseguiu manter a paz nos Bálcãs.
Guerra dos Dez dias: Em 23 de dezembro de 1990, a Eslovénia realizou um referendo que obteve 88% de apoio à independência (com uma participação de 60%). O Governo esloveno sabia que as autoridades federais, em Belgrado, poderia optar pela utilização da força para pôr fim as suas aspirações de