A interpretação de imagens e o ensino da História: Iconografia da Guerra Assíria
Segundo o historiador da arte alemão, Erwin Panofsky, a compreensão da história da arte é dada em três níveis: descrição pré-iconográfica; análise iconográfica e interpretação iconológica. A descrição pré-iconográfica corresponde ao nível mais básico, consistindo na interpretação da obra em sua forma pura. Análise iconográfica avança um degrau e traz o conhecimento iconográfico. E a Interpretação Iconológica, nível mais avançado, leva em conta a história pessoal, cultural e técnica para entender a obra. Através do estudo dos relevos do Império Neoassírio (934-610 a.C. ou 912-612 a.C.), é possível compreender o relevante papel que a Assíria assumiu como possivelmente a nação mais poderosa da Terra. Com um exército organizado, armas e táticas de guerrilhas novas e uma imensa crueldade, foram capazes de vencer diversos embates, alguns deles sem mesmo entrar em conflito onde o oponente se rendia em troca de não ocorrer o derramamento de sangue.
Localização original: Palácio Noroeste, Nimrud–Iraque, Sala . Período: 884 a 859 a.C Reinado de Assurnasirpal II Desenho de W. Holl A admiração dos reis assírios pela guerra, e as suas consequentes conquistas, foi o principal fator para o enriquecimento da arte assíria, onde a principal mensagem era a exaltação do rei e de seus feitos. Os relevos referentes as conquistas, eram expostos nos palácios reais para demonstrar a soberania do império para quem por ali passasse.
Localização original: Palácio, Nínive-Iraque. Período: 705-681 a.C. Reinado de Senaqueribe Desenho de Austin Henry Layard
A deportação era utilizada pelos assírios como uma forma de adquirir operários qualificados ao seu império, em vista de que a população era muito escassa para fornecer toda a mão de obra necessária para manter e administrar a crescente área. A deportação, portanto, não era somente uma forma de dominação, mas também de aculturação de novos