A internet e a globalização
O homem primitivo não era globalizado porque não se integrava, e não se integrava porque não se comunicava. Por isso uma língua universal permite a integração. A tecnologia avança a passos largos e as barreiras das distâncias diminuem a uma insuspeitada velocidade. Os limites técnicos de comunicação estão sendo superados a cada dia, o que não ocorre com a barreira da língua. A revolução nas comunicações promove a globalização e representa um avanço para a integração mundial. Apresenta, entretanto, como contrapartida, um desafio e um risco. Quando o acesso á informação se torna um fim e não um meio, a pessoa pode empobrecer-se tanto em aquisição de conhecimento, ciência, que só é possível adquirir pelo estudo, quanto na procura e conquista da sabedoria, que é um saber em profundidade, essencial, alcançado pela reflexão e muito distante do simples acúmulo de dados.
1. INTRODUÇÃO. A comunicação exige um meio de comunicação. No caso humano é a linguagem. As línguas favorecem o relacionamento entre as pessoas e servem para estabelecer elos. Ao mesmo tempo a comunicação exige também um instrumento para transmitir a linguagem, seja por meio de sinais de fumaça, luminosos, com alto falantes, megafones, rádio, TV ou Internet.
Duas barreiras, portanto, limitam a comunicação: a linguagem comum, que permite a compreensão, e um instrumento que permita e facilite a comunicação. A diferença de línguas é assim um obstáculo para a comunicação e, indiretamente, para a globalização. A outra barreira é tecnológica.
A globalização é um processo que se inicia com a comunicação. O advento da globalização traz inúmeras vantagens, porém apresenta sofismas e desafios. A análise desse processo exige reflexão. A comunicação e a ponta do iceberg. A comunicação favorece o relacionamento econômico, o diálogo político e tem um papel importante também cultural e em termos de valores. Para ir ao âmago da globalização é preciso analisar não só a comunicação,