A Iluminação teatral no Brasil

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A iluminação teatral no Brasil
Nossas primeiras manifestações teatrais ocorreram nas ensolaradas praias litorâneas, sob a luz natural que havia saudado o nascimento do teatro ocidental na Grécia Clássica, 2 mil anos antes. Nossas “casas de ópera”, os edifícios teatrais da era colonial, empregavam candeeiros e velas, tal como nos teatros metropolitanos, recursos que permitiam bem poucos efeitos ou atmosferas cênico-ficcionais.
A partir da segunda metade do século XIX, foi introduzida a iluminação a gás e, já na virada para o século XX, a de lâmpadas incandescentes. Esse último recurso veio a possibilitar, dentro de seus limites, certo manejo estético da iluminação.

A luz natural, proveniente do Sol e se deslocando segundo seu curso aparente, é percebida em si mesma como dramática, pois cria efeitos de sombras, faz brilhar superfícies, possibilita a gama de cores, cria relevos e alternâncias, infunde calor, propiciando a captação visual dos contornos, o sentido da tridimensionalidade e da perspectiva, além da duração dos instantes.

1940, foi marcado por algumas heranças de seu passado ibero-lusitano, A iluminação reduzia-se a clarear a área de ação, valendo-se de lâmpadas comuns dispostas no teto e, quando possível, na ribalta. Raros eram os efeitos, e estes se resumiam a acender as luzes no começo e apagá-las ao fim da cena ou da peça.

Em 1933, o artista plástico paulista Flávio de Carvalho encena O Bailado do Deus Morto, utilizando uma garagem como espaço dramático e criando uma cenografia futurista, à base de elementos confeccionados em alumínio. As luzes empregadas, refratadas no metal, possibilitaram assim novos usos e efeitos. No mesmo ano, no Rio de Janeiro, Oduvaldo Vianna monta Amor, cuja cenografia foi construída em dois planos arquitetônicos e algumas áreas de ação. Tais recortes obrigaram a luz a acompanhar a divisão espacial, introduzindo inovações em seu emprego rotineiro

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