A história das eleições

A História das Eleições

O ser humano sempre viveu em grupo e para que a vida em sociedade seja possível é necessária uma organização na qual as pessoas possam conviver em harmonia. Popularmente reconhecidas como o ponto máximo do exercício da democracia, as eleições têm uma trajetória bem mais complexa do que possamos pensar. Atualmente, a escolha de representantes políticos por meio do voto atinge somente a metade das pessoas no mundo inteiro.
As eleições surgiram da necessidade de criar regras e escolher representantes dos diferentes grupos sociais. A origem do voto está na Antiguidade, quando as tribos guerreiras escolhiam os chefes militares por aclamação, ou seja, no grito. Se um grupo maior se manifestasse, gritando por um candidato, ganhava.
Caso você acredite ou tenha aprendido que as civilizações greco-romanas foram o berço desse sistema representativo, saiba que alguns historiadores acreditam que o período e o lugar de origem da votação foram outros. Algumas narrativas míticas celtas e hindus falam sobre a participação dos druidas e sacerdotes na escolha de seus líderes políticos. Quando a prática surgiu na cidade-Estado de Atenas, no século 5 a.C., apenas cerca de um quinto da população poderia participar das eleições. Em Roma, na mesma época, aprimorou-se o sistema eletivo com a formação de um corpo eleitoral e de processos de votação.
Ao longo da Idade Média, as eleições, que haviam caído em desuso, foram retomadas. Os germânicos, a Igreja, o imperador alemão e certas regiões da Itália utilizaram-se frequentemente das eleições para a escolha de ocupantes de funções políticas ou religiosas.
Não só as eleições, bem como o proferimento do voto foram alvo de algumas transformações. Por volta do século II a.C., os romanos tiveram a ideia de criar uma urna onde os votos fossem depositados. Antes disso, o voto era proferido publicamente, o que poderia causar infortúnios diversos na condução de um processo eleitoral livre de qualquer conchavo