Trata-se de um filme bem objetivo quando aborda o exagero do consumo material e como tudo isso impacta no mundo em que vivemos. O filme tenta esclarecer de forma bem elucidativa o processo que se inicia na extração dos recursos até o descarte do lixo em aterros e/ou incineradores, passando pela sua confecção, venda, compra e a “real” necessidade de obter esse produto. Chamamos de economia de materiais. A política de consumo desenfreado que temos hoje e que impulsiona a economia faz com que as empresas e indústrias adotem uma produção linear que extrai os recursos naturais para sua produção e a devolve ao meio ambiente infestada de material tóxico. Levando em conta que estamos num planeta com recursos finitos e também a mão de obra adotada, muitas vezes escravizada ou com salários miseráveis, expostas a substâncias cancerígenas, que não tem condições e acabam se sujeitando a esses trabalhos. Após a produção, tudo que foi fabricado precisa ser comprado e, de preferência rápido, exteriorizando os custos. O verdadeiro valor dos produtos não se reflete nos preços cobrados. No pós-guerra, o conselho econômico que se tornou norma de todo o sistema foi de fazer do consumo a forma de vida, consumindo, destruindo, substituindo em um ritmo cada vez maior. Essa política capitalista que move a economia é também responsável por incitar a obsolescência perceptiva que nos convence a jogar fora coisas que ainda são perfeitamente utilizáveis, muitas vezes por modismos. E também existe a obsolescência planejada, ou seja, criada para ir para o lixo, onde cada vez mais o bem adquirido dura menos, levando ao descarte do produto muitas das vezes devido a uma única peça. Fala-se muito em reciclar, mas nem sempre é uma idéia viável já que nem sempre existe a possibilidade de separar todos os materiais que compõe um produto descartado. O lado bom é que hoje já existem pessoas trabalhando e intervindo para que florestas sejam salvas, para que a produção seja limpa, para que