A historia da consatrução civil
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São PauloNa virada do século XIX ao XX, a cidade de São Paulo vivenciou um intenso processo de urbanização em decorrência da sua inserção no sistema capitalista. Neste processo, o tema da urbanização adquire especial importância ao reconhecer a problemática da salubridade com o adensamento urbano e às intervenções urbanísticas daí resultantes como necessárias à reprodução do capital. No caso paulista, os trabalhadores imigrantes se tornaram elementos cruciais deste contexto, ao se dirigirem para a cidade em busca de trabalho na nascente indústria, enquanto ela mesma demandava mão-de-obra.
Mesmo com a migração européia rumo ao Estado de São Paulo em curso desde meados do século XIX, o fenômeno se acirra no final do século, incentivado pelo fim do escravismo e as mudanças políticas e fiscais propiciadas pela proclamação da República, que instaurou o Federalismo. A formação e consolidação do mercado de trabalho na cidade de São Paulo, portanto, tem relação direta com a chegada de imigrantes no final do século e explica o grande adensamento populacional no período. De 1889 ao início do século XX, aportaram em terras paulistas cerca de 750 mil estrangeiros para São Paulo, dos quais 80% subsidiados pelo governo (em função da política migratória implementada no Estado de São Paulo, a partir da descentralização criada com a República, em 1889). Já da abolição do escravismo à Depressão de 1930, chegaram às terras paulistas 2.250.000 imigrantes, sendo 58% subsidiados; além daqueles que vieram após 1900 e pagaram suas despesas de viagens. Na sua maioria, estes imigrantes eram de origem européia, sendo que num primeiro momento, em meados do século, vieram portugueses, alemães, suíços; no final do século, os italianos se tornariam a nacionalidade majoritária a chegar; seguida por outras nacionalidades em seguida.
Ao findar a primeira década do século XX, a cidade de São Paulo abrigava uma população de 375 mil almas, passando ao final da década de 1910 a quase 600 mil e em