A Histeria imbecil dos politicamente corretos
Eliseu S. Melo*
Marco Feliciano é a bola da vez. Ele conseguiu o que hoje é muito fácil: criar alvoroço nos ideólogos politicamente corretos. Por que grupos politicamente tão fortes, financiados com fortunas dos cofres públicos, com apoio dos meios de comunicação e que conseguem arregimentar multidões para gritar e espernear quando querem se sentem tão ameaçados por um deputado? Os autointitulados defensores da tolerância são na realidade os mais intolerantes. Quem não está preparado ou não aceita que suas opiniões sejam contrariadas deve renunciar a democracia.
O que incomoda e atemoriza tanto os inteligentinhos politicamente corretos? Hoje, quando se brada contra a “elite conservadora machista, cristã e patriarcal”, faz se referencia a uma entidade morta. Hoje a “elite iluminada” é fundamentalmente hedonista, epicurista, feminista e gayzista. O autêntico conservadorismo moral cristão foi banido dos ambientes chiques e das badaladas festas do beautiful people.
A religião um dia teve poder considerável, mas hoje tem pouca vez nas artes, na “cultura”, e na mídia formadora de opinião. Sua influencia se reduz a espaços comprados a muito custo em horários esquecidos em emissoras de pouca importância. Então por que atacar um “bicho papão” que existe somente na sua imaginação? Precisamente porque semente existe na sua imaginação. Nada reforça mais a união e a combatividade de um grupo odiento do que a investida desproporcional, barata, fácil e sem riscos contra um inimigo imaginário fabricado. Hitler entendeu e aplicou muito bem que o maior potencial de unir pessoas em torno de uma causa está, não nos interesses em comum, mas no ódio em comum, ou seja, para manter um movimento vivo, em regra, precisa-se de um bode expiatório, uma encarnação do mau.
Esses que tanto falam em democracia e em liberdade não aceitam opiniões contrarias as suas utopias. É um paradoxo. Os senhores da inclusão são os primeiros a excluir