A gênese do feudalismo
A sociedade romana Quando os Germânicos invadiram o Império Romano, este encontrava-se em uma crise geral, no modo de produção escravista. O Império atingira o seu auge no século I e na parte ocidental as grandes propriedades trabalhadas por escravos produziam vários artigos que eram escoados em direção ao mediterrâneo. O centro deste comércio era a Itália que era beneficiada pela produção dos latifúndios e impostos. Entretanto, com o fim das conquistas a região passou a sofrer com a falta de escravos e quando esses existiam o seu preço era muito alto o que não compensava o investimento e a população livre não cresceu ao ponto de compensar a redução do trabalho escravo. No século III a crise torna-se mais intensa. A produção e o comércio diminuem e as cidades vão desaparecendo, o que provoca a fuga da população para o campo, devido as Guerras Civis e os saques as cidades. Esse declínio demográfico contribui para novas relações sociais, surgindo então o ‘colonato’, regime em que o grande proprietário arrendava parte de sua terra e recebia pelo seu uso dinheiro ou gêneros. No século IV os colonos são ligados a terra e com o crescimento da máquina burocrática, aumenta- se os impostos. Os grandes proprietários aumentam e protegem suas com terras com armamentos e os homens livres passam a procurar proteção ficando dependente desse grande proprietário rural.
‘Por conseguinte, quando invadem o Império do Ocidente, os germanos encontraram uma sociedade em processo de mudança. As invasões iriam orientar a direção dessas mudanças. ’
A sociedade Germânica Os germânicos também passaram por transformações, pois os mesmos viviam em comunidades familiares, não conheciam a propriedade privada e as decisões eram tomadas em assembléia comum. A área de produções era sorteada entre as famílias e a cada ciclo os lotes eram redistribuídos. A partir do crescimento demográfico o sistema de rotação foi se estacando ate