A GUERRA DA CHECH NIA
A rebelião armada do Cáucaso russo é uma guerrilha islamita que nasceu das cinzas do movimento separatista checheno, vencido pelas forças russas.
Batizado de "Emirado do Cáucaso", este movimento quer reunir as diferentes facções ativas nas repúblicas do Cáucaso russo (Chechênia, Inguchétia, Daguestão, Kabardino-Balkária, Karachaievo-Cherkesia, distrito de Stavropol e Ossétia do Norte) que desfrutam, no entanto, de uma grande autonomia.
Foi fundado em 2007 por Doku Umarov, ou Abu Usman, que, uma vez nomeado em 2006 o "presidente" dos separatistas chechenos depois da morte de Abdul-Jalid Saidulayev, ampliou a zona de combates dos rebeldes ao proclamar uma guerra santa em todo o Cáucaso russo, onde a violência se propaga desde então.
Este movimento é considerado pelos observadores como herdeiros da estratégia do falecido chefe de guerra Shamil Basayev, responsável pelos ataques mais violentos da guerrilha, como a tomada de reféns da escola de Beslan (setembro de 2005). Iniciada no ano de 1999, a guerra da Chechênia resultou em uma resposta, uma série de explosões de edifícios inteiros na Rússia. A resposta de Vladmir Putin, o novo governante russo, foi insensível. Grozny, a capital da Chechênia, foi bombardeada por meios aéreos que a deixaram totalmente arrasada.
Assim, russos e chechenos entraram numa guerra sem fim, onde cada ato agressivo de uma parte era respondido imediatamente da outra parte.
A maior revolta internacional deu-se com a ocupação armada, em setembro de 2004, da Escola Municipal da cidade de Beslam, na Ossétia do Norte, por parte de um grupo de aproximadamente 30 guerrilheiros chechenos-ingushis, certamente orientados por Shamil Basayev. Depois de três dias de tensão, ocorreu um terrível desfecho: 330 civis foram mortos por explosões de bombas e tiros disparados pelos chechenos.
Vista da capital da Tchetchênia, Grosny, bombardeada pelos russos em várias ocasiões.
Escola Municipal de Beslan, um ano após a