A grande depressão
A rápida propagação da crise à Europa deveu-se, sobretudo à retirada de capitais, uma vez que desde a I Guerra, os bancos americanos faziam importantes investimentos na Europa e, além disso concediam importantes empréstimos. Com a eclosão da crise, os americanos procuram fazer regressar os seus capitais provocando uma grande perturbação na Europa. Muitos bancos, sobretudo na Áustria, Alemanha e na Inglaterra, faliram ou conheceram sérias dificuldades, o mesmo aconteceu com as empresas que necessitavam de empréstimos bancários para sobreviverem.
Praticamente todos os países, da América do Norte, à Europa e ao Japão, da África à América Latina, acabaram por ser afectados de uma forma ou de outra pela crise. O desemprego atingiu em todo o mundo limites quase incalculáveis.
Esta crise não deixou nenhuma classe social de fora, atingiu a todas de forma muito violenta.
As classes médias viram-se afectadas pela multiplicação das falências no comércio, no artesanato e na indústria. A própria burguesia foi afectada por numerosas bancarrotas. Os camponeses ficaram arruinados e os operários no desemprego.
A partir da queda de Wall Street, a contracção económica generalizou-se, acentuada pela miséria social. A perda de confiança foi total e o entesouramento parecia a única salvação. Nestas condições, nenhum dos mecanismos naturais da economia liberal parecia permitir uma recuperação.
A crise de 1929 foi a perturbação mais importante de um capitalismo que alcançara já um elevado nível de concentração financeira e uma