A gestão da cadeia de suprimentos na área pública
Introdução
Na Gestão Pública, a administração trabalha para o benefício da coletividade, tendo como objetivo satisfazer às necessidades do cliente – o cidadão. Meireles (1999, p.123), conceitua a realização de uma boa administração pública como “a satisfação dos interesses sociais, sendo que o administrador é investido pela entidade estatal a que serve de poderes proporcionais aos encargos que lhes são cometidos”.
O setor público é caracterizado pelo excesso de burocracia, normas e procedimentos. Em abordagem prática, nota-se grande diferença entre administração pública e privada, no que diz respeito à Gestão de Compras e à política de aquisição de seus materiais, a diferença entre os dois tipos de compras é a formalidade no serviço público e a informalidade na iniciativa privada. Na gestão da cadeia de suprimentos o foco é a integração de cada componente, com maximização da eficiência determinando maior credibilidade e satisfação junto ao cidadão.
Estudos realizados por organizações internacionais não governamentais, como a Transparência Internacional, afirmam que o setor público é ineficiente, incluindo as práticas corruptas que contribuem para uma perda de 3% a 10% do PIB, reduzindo assim o crescimento nacional em até 2% ao ano.
A sociedade vê a aquisição de bens, serviços e obras civis especialmente como um processo que tem falta de transparência, os métodos tradicionais sendo a principal área de ineficiência nos gastos públicos. A grande maioria de unidades governamentais brasileiras está concentrando seus esforços em uma parte do ciclo dos gastos, que é o processo de compras. Nesse sentido, é clara a necessidade de se ter um adequado sistema de gestão da cadeia de suprimento do setor público (GCSSP). Ainda de acordo com Enap (2002), falta um direcionamento para as áreas de suprimentos que realmente traga mudanças fundamentais, tanto nos métodos utilizados para solicitar, adquirir, usar, estocar e