A Geopolítica da Água
Disciplina: Geografia Política
Discente: Pedro Lazarim
INTRODUÇÃO
O Brasil é reconhecidamente o país que possui as maiores reservas e riquezas hídricas em todo o mundo. Somente o território nacional possui 12% do volume total da água potável de superfície do planeta. Mesmo assim uma parcela considerável da população passa por falta d’água, ou só tem acesso a suprimentos inadequados para o consumo humano.
Este fato não ocorre devido a causas naturais e sim porque o acesso à água não se dá de forma igualitária, ou seja, nossos recursos hídricos apesar de abundantes, não são distribuídos adequadamente. Observa-se que há uma grande disputa pelo uso da água: o uso doméstico versus o uso produtivo.
O resultado final desta disputa se dá através de intensos impactos sobre a qualidade da água assim como sobre o volume total dos suprimentos hídricos e no final das contas quem padece deste mal são as parcelas mais pobres da sociedade, que por sua vez sustentam uma minoria rica que nunca passará por problemas relacionados à falta d’água. Este panorama serve de exemplo para oque acontece diariamente na grande maioria dos países ao redor do globo, seja nos países periféricos, seja nos países centrais. A seguir delinearemos o panorama geral da geopolítica da água e das consequências geradas pela mesma.
ESCASSEZ, POLUIÇÃO E ACESSO RESTRITO: A CRISE DA ÁGUA
Ao analisarmos a maneira como a sociedade em geral ao redor do globo está usando a água doce do planeta poderíamos até pensar que este recurso tão precioso é infinito. Contudo este fato é completamente falso. Sabemos que a quantidade de água
do nosso planeta é a mesma desde sua criação, cerca de 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos, portanto trata-se de um recurso finito. O que nos assombra é que a humanidade vem cada vez mais rápido promovendo o esgotamento e a poluição dos recursos hídricos globais, principalmente no que tange a água potável. Este dado torna-se ainda