A Física nas Competições Esportivas
O esporte, assim como a Física, vive recheado de números, que no seu caso representam os resultados dos atletas. Mas será que podemos confiar neles? O professor norte-americano P. Kirkpatrick acha que não, e analisa várias situações apontando correções que deveriam ser feitas nas medidas atléticas para reparar eventuais enganos. Vamos apresentar algumas considerações do professor P. Kirkpatrick:
Um exemplo de erro nas medições é encontrado em corridas de distância: montam-se dispositivos elétricos ou fotográficos capazes de medir o tempo com uma precisão de até 0,01 segundo; mas, ao mesmo tempo, o revólver que dá o sinal da partida e, simultaneamente, aciona o medidor de tempo, costuma estar situado a uma distância tal dos competidores que o barulho do tiro gasta até 0,04 segundo para chegar a seus ouvidos. Observe, então, que não tem sentido o uso de um cronômetro tão preciso, uma vez que o erro inicial na medida do tempo é bastante superior à precisão do aparelho.
Um outro exemplo, trata da influência da gravidade sobre os resultados esportivos. Sabe-se que o alcance de um arremesso, ou de um salto à distância, é inversamente proporcional ao valor da gravidade “g”. E o valor de “g” varia de um local para outro da Terra, dependendo da latitude e da amplitude do local. Então, um atleta que arremessar um dardo, por exemplo, em uma cidade onde o valor de “g” é relativamente pequeno (grandes altitudes e pequenas latitudes) será beneficiado. Para dar uma idéia da importância dessas considerações, o professor P. Kirkpatrick mostrou que um arremesso cujo alcance seria de 16,75 m em Boston constituiria, na realidade, melhor resultado que um alcance de 16,78 m na Cidade do México. Isto em virtude de o valor da aceleração da gravidade, na Cidade do México menor que em Boston.
O professor P. Kirkpatrick, na qualidade de físico, preocupado com as considerações apresentadas, tentou sensibilizar as autoridades do esporte, nos Estados