A Filosofia na Maçonaria
Sumário
1 - Introdução
2 - A Moral teórica ou perspectiva filosófica da moral
3 - A Moral social ou perspectiva sociológica da moral
4 - Diferentes dimensões da religiosidade
5 - Conclusões para a Maçonaria
6 - Da ordem Cósmica à ordem dos Espíritos
1 - INTRODUÇÃO
A definição filosófica da Maçonaria transcende sua definição jurídica, ou sociológica, como um sinceríssimo de filosofias espiritualista, um sinceríssimo cultural, o mais universal que podemos identificar, porque se trata de um complexo de aculturação dos mais ricos que se conhece, revelando conteúdos mágicos, formas ritualísticas e também racionalizações de uma instituição complexa embora de objetivos bem definidos. Eis ai uma nossa caracterização bem pessoal através da qual procuramos situar as bases filosóficas de um estilo de pensar e um estilo de agir.
São tantas as versões sobre as origens da Maçonaria que isso justifica uma grande dificuldade para situá-la numa posição. Em primeiro lugar, parece-nos que aqueles que a situam na Inglaterra, ou na França fazem uma pesquisa menos profunda e não se adentram na Maçonaria Real, esotérica e só apanham poucos aspectos históricos da instituição, numa visão superficial. Deslumbram-se com a Maçonaria esotérica, exterior, e sem intuição filosófica, anatomizam a instituição nos seus objetivos visíveis e mais superficiais.
Só pode entender o que é Maçonaria quem entende sua filosofia, ou a rigor quem é conhecedor das filosofias orientais, todo teístas, quem a procura nos contextos culturais variados onde ela assume uma fisionomia particular embora mantendo sempre uma perspectiva do universal.
Maçonaria é universalismo no melhor sentido do termo, que reúne diferenças étnicas, religiosas, sócio-culturais, idiossincrasias raciais e de ordem psicológica numa convivência criadora da tolerância, sua grande virtude. Daí que aceita grupos religiosos diferentes no seu seio,