A Felicidade O Bem Supremo No In Cio Do Livro I Da Tica A Nic Macos
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A felicidade é o bem supremo No início do Livro I da Ética a Nicômacos, Aristóteles afirma que “toda arte e toda indagação, assim como toda ação e todo propósito, visam a algum bem; por isso foi dito acertadamente que o bem é aquilo a que todas as coisas visam” (Aristóteles, 1992, 1094 a, p. 17.). Esta passagem caracteriza a ética teleológica de Aristóteles. É natural, ou seja, faz parte da própria essência do homem direcionar todas as ações para uma finalidade, pois sempre que houver ação, necessariamente haverá uma intenção última. Qual seria esta intenção última para a qual se dirige a ação humana? 1 Acadêmicos do Curso de Filosofia da Faculdade Palotina - FAPAS, Santa Maria-RS. 2 Acadêmicos do Curso de Filosofia da Faculdade Palotina - FAPAS, Santa Maria-RS. Na compreensão teleológica aristotélica do Livro I da Ética a Nicômacos, percebese nitidamente que um bem maior é a finalidade de bens ulteriores. Contudo, deve haver um término, ou seja, um fim último, um bem desejado por si, a saber: Se há, então, para as ações que praticamos alguma finalidade que desejamos por si mesmas, sendo tudo mais desejado por causa dela, e se não escolhemos tudo por causa de algo mais (se fosse assim, o processo prosseguiria até o infinito, de tal forma que nosso desejo seria vazio e vão), evidentemente tal finalidade deve ser o bem e o melhor dos bens (Aristóteles, 1992, 1094 a, p. 17). Aristóteles apresenta uma hierarquia de bens, na qual ele divide os bens em: bens relativos e intrínsecos ao homem. Os relativos são aqueles necessários para a vida cotidiana (bens materiais, prazeres vitais, etc.). Estes mudam constantemente, pois sempre desejam outros e maiores. Já, os bens intrínsecos, não visam outros porque eles são auto-suficientes, ou seja, os bens intrínsecos são bens supremos. Para Aristóteles, a felicidade é um fim último. Ela é, portanto, um bem supremo que todos a desejam. Segundo ele, há uma diversidade de compreensão, por parte dos homens, acerca da natureza da