A FALSA LINGUÍSTICA ETNOCÊNTRICA BRASILEIRA
A FALSA LINGUÍSTICA ETNOCÊNTRICA BRASILEIRA
Salvador, 2015
Trabalho da Disciplina Estudos Culturais
A FALSA LINGUÍSTICA ETNOCÊNTRICA BRASILEIRA
Salvador, 2015
A FALSA LINGUÍSTICA ETNOCÊNTRICA BRASILEIRA
O Brasil é composto por muitas culturas, que distinguem a fala, o sotaque, a escrita, o vestuário, a comida, etc, por exemplo, segundo Rodrigues (1986), ainda existe no Brasil cerca de 200 línguas indígenas, contudo a língua oficial é a dos colonizadores portugueses. Às configurações culturais são articuladas conforme a formação histórica social de cada um, e neste contexto se encontra a forma de se falar.
De acordo Bagno (2014), a gramática surgiu a partir dos discursos das diversas etnias brasileiras, que depois de oficializada, configurou-se como a língua do opressor, sendo registrada como língua culta. Constata-se que o colonizador, após beber da fonte natural linguística, transforma-a em fonte de dominação.
O episódio relatado no texto de Bagno (2014) deixa claro, que a classe economicamente dominante constituiu um processo pedagógico colonial, onde a identidade escravocrata impetra um direito sublime, como patronos da dignidade linguística, “defendem uma língua ilusória que elas mesmas desconhecem e que precisa, a todo custo, ser diferente da falada pela maioria". (BAGNO, 2014).
Segundo Guimarães Rosa, "A linguagem e a vida são uma coisa só. Quem não fizer do idioma o espelho de sua personalidade não vive; e como a vida é uma corrente contínua, a linguagem também deve evoluir constantemente". (GRANDES ENTREVISTAS, 1973). Isto significa dizer, que a forma como se fala é eixo fundamental de identidade cultural de uma pessoa, portanto dizer que a linguagem utilizada está errada é o mesmo que dizer que a pessoa é errada, tirando-lhe a identidade e construindo o pilar de aceitação da opressão, o que Bagno (2014) define como “estética dos escravocratas”.
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