A esperança de natal
Era uma vez um pobre homem, era Dezembro e estava frio.
Este homem chamava-se Nicolau e toda a sua família tinha morrido, uns de velhice e outros num acidente de autocarro, quando iam de férias para a Serra da Estrela.
Desde então, ele andava perdido, a ver as outras pessoas a fazer compras, a passar por ele com muitos sacos coloridos e de cara alegre. Nesta época, Nicolau ficava mais triste.
Na véspera de dia de Natal ele não tinha ninguém, até que, ao passar por uma casa, ouviu uma voz:
-És o Nicolau?
-O quê?! - exclamou Nicolau, assustado.
-És o Nicolau? - voltou a perguntar a voz.
-Sim, sou eu, porquê? - respondeu ele.
-Entra nesta casa – convidou-o a voz.
Ele entrou com muito receio e atento. Quando abriu a porta, acenderam-se muitas luzes e ele viu que aquela casa era afinal uma fábrica.
Nicolau olhou para a direita e viu um homem pequeno, encolhido, junto de um grande saco.
-Quem és tu? Foste tu que me chamaste? - perguntou Nicolau.
-Sim, era eu. – respondeu o pequeno homem.
-Porquê?
-Porque nós precisamos de ajuda aqui na fábrica.
-Mas há mais como tu? – perguntou Nicolau espantado.
- Sim, nós não chegamos para as encomendas, ainda mais este ano. Podem aparecer, ele é amigo! - disse o duende chamado Daniel.
Nicolau aceitou a oferta dos duendes.
De seguida, o duende-mor levou-o a uma cave, onde tinham um fato cintilante vermelho, um gorro, umas botas pretas e um enchimento para a barriga, porque Nicolau estava muito magro.
-Porque tenho de me vestir assim? – perguntou Nicolau.
-Porque faz parte da imaginação das crianças. Tu vais fazer as entregas, nós temos lá na garagem um trenó com renas carregado de presentes. – disse o duende.
À meia-noite, lá foi ele, com as suas longas barbas e com o seu fato vermelho.
Quando ele ia na sua décima segunda casa, uma rena, Rodolfo, ficou sem fôlego, com fome e sede.
Nicolau aterrou o trenó e viu que não conseguia continuar a sua viagem.
Então, um bando de crianças, que