A escrita ulilizada na internet

A escrita utilizada na Internet chega à sala de aula: como lidar com isso
Glaucia da Silva Brito*

O X da questão

?

Beijo, bêjo ou bj?
A comunidade escolar, neste início de século, depara-se com três caminhos quando começa a refletir sobre a “inserção” das novas tecnologias na educação: 1. repelir as tecnologias e tentar ficar fora do processo; 2. apropriar-se da técnica e transformar a vida em uma corrida atrás do novo; 3. fazer uso dos processos, desenvolvendo habilidades que permitam o acesso e o controle das tecnologias e seus efeitos. Consideramos que o terceiro caminho é o melhor, pois aponta para uma formação intelectual, emocional e corporal do cidadão que cria, planeja e interfere na sociedade. Para tanto, é necessário um trabalho pedagógico em que o professor reflita sobre sua ação escolar, elabore e operacionalize projetos educacionais com a inserção das novas tecnologias da informação e da comunicação. Primeiro, esse educador deverá entender que o simples uso das tecnologias não assegura a eficiência do processo de ensino-aprendizagem e não garante uma “inovação” ou “renovação” das metodologias de ensino no ambiente educacional. Segundo, o professor terá que refletir que qualquer forma de interação, inicialmente, gera polêmica e uma sensação estranha por não se saber ao certo o que irá resultar disso. E, terceiro, deverá considerar que a internet, de modo geral, funciona para os adolescentes como um canal de interação. Os jovens precisam e gostam de questionar idéias, partilhar sua vida com os amigos e ainda, de alguma forma, desafiar os padrões da sociedade convencional. Quando questionados sobre a escrita utilizada na Internet, vários docentes são unânimes em afirmar que é uma escrita utilizada por jovens e que não deve ser proibida, mas que o professor tem que tomar muito cuidado quando “os jovens” usarem essa escrita na escola. Ou seja, essa escrita é considerada como “errada” pelo professor. Com certeza a produção e a circulação de textos