A escassez chega às classes médias e um dado novo na politica
A escassez chega às classes médias e um dado novo na politica
A escassez chegou a classe médias primeiro de forma lenta, já nesse momento ganhou mais força, e cresce de modo continuado e mais organizado. A classe média começou a conhecer as dificuldades que já existia para as classes inferiores, e uma bem diferente da situação vivida por eles, anos antes. Tais dificuldades chegaram até mesmo a situações básicas da vida familiar, como: A educação dos filhos, o cuidado com a saúde, a aquisição da moradia, a possibilidade de pagar pelo lazer, a falta de garantia no emprego, o salário baixo, a poupança negativa, e o alto crescimento do endividamento. Todas essas causas deixavam as pessoas confusas em relação ao futuro, não só ao futuro de longo prazo, e sim, principalmente, o futuro imediato.
Essas incertezas são agravadas pelas novas perspectivas da previdência social e do regime de aposentadoria. Com toda essa problemática, e o medo que os rondava, medo de os filhos não conseguirem estabilidade financeira no futuro, medo do desassossego que se instalou dentro de suas casas a classe média tem a percepção que não mais mandam, ou participam das decisões do poder, já que o governo (Estado) já não os apoiava com relação aos seus problemas individuais e emergentes. A partir desse problemas, a classe média se distanciou do governo, já que ela já não era vista como algo importante, e o encantamento pelo governo passa a ser oposição. A atual experiência da escassez pode não conduzir imediatamente a expansão da consciência. E quando esta se impõe, não faz igualmente, segundo as pessoas. A classe média toma essas lutas como algo individualista, pela busca de conforto e degraus na sociedade. É num outro momento, que essas reinvindicações alcançam um nível qualitativo maior, graças a reflexão mais profunda sobre o assunto, a partir de um entendimento mais amplo, e uma visão sistemática de situações que aparentavam