A descapitalização das universidades Públiicas

A descapitalização (ou o ato de perder o capital investido) da universidade pública é um fenômeno global, mas que varia de país para país. Enquanto em países europeus o ensino é quase totalmente público, em outras a universidade pública perde a sua força. Emergiram universidades privadas que preparam diretamente o aluno para o mercado de trabalho, e com isso as universidades públicas se segmentaram e fizerem mudanças nas suas estruturas tais como em seus programas e a diminuição da taxa da matrícula. Nas periferias a crise atinge proporções catastróficas, e no caso do Brasil o mercado privado de acordo com o Banco mundial de 2002 deveria ser ampliado, pois isso seria menos custoso ao governo, que gasta muito por cada aluno. Isso é uma totalidade, que devemos analisar no seu processo histórico, que gerou consequências hoje, quando antes o estado financiava a questão social e garantia o acesso público a todos, mas por outro lado investiram nas indústrias como, por exemplo, as C.S.N. (companhias siderúrgicas nacionais) que exigiam mão de obras pouco mais qualificadas, mas houve então a crise da década 70 onde a busca de inovações tecnológicas superaram o financiamento do ensino superior, e mão de obra mais qualificadas. Logo o mercado que exigia uma mão de obra mais qualificada o neoliberalismo trouxe com ele vagas para essa mão de obra, mas pelo excesso de mão de obra qualificada o neoliberalismo também trouxe com ele o exército industrial de reserva na qual existia muita disponibilidade e com isso os investimentos nas universidades públicas baixaram, se tornando mais direcionado ao mercado de trabalho segmentando e acelerando o ensino, sem liberdade acadêmica, mas se adaptando ao mercado de economia. A universidade no processo de ‘’autonomia individual’’ a universidade se torna mercadoria.