A cultura
Segundo Ruth Benedict a cultura é como uma lente através da qual o homem ve o mundo, sendo que pela diversidade visões dos homens, tem visões desencontradas das coisas.
A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade. Por isso é que os homens discriminam outros comportamentos desviantes.
O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, o resultado da operação de uma determinada cultura.
Quando estudado um comportamento em várias ópticas, ou seja, em varias grupos observasse inúmeras variações para o mesmo padrão cultural e de forma incorreta acreditamos que todos que compõem um grupo fazem todos da mesma forma a ação de estudo sendo que na verdade cada qual que compõe o grupo faz de maneira diversa aos demais componentes do grupo.
Todos os homens são dotados do mesmo equipamento anatômico, mas a utilização do mesmo, ao invés de ser determinada geneticamente, depende de um aprendizado e este consiste na copia de padrões que fazem parte da herança cultural do grupo.
O fato de que o homem ve o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendência, denominada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais.
A dicotomia “nos e outros”, expressa em níveis diferentes essa tendência. Dentro de uma mesma sociedade, a divisão ocorre sob a forma de parentes e não parentes. A projeção desta dicotomia para o plano extra grupal resulta nas manifestações nacionais ou formas mais extremadas de xenofobia.
O ponto fundamental de referencia não é a humanidade, mas o grupo, pois os