A CRÍTICA NIETZSCHEANA AO IDEAL DE VERDADE ORIUNDO DA MORAL SOCRÁTICO-PLATÔNICA
2149 palavras
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IntroduçãoEsta comunicação faz parte de um projeto mais amplo que tem por objetivo, refletir acerca do que está envolvido nos principais elementos e implicações da crítica nietzschiana ao pensamento metafísico, consagrado na tradição do pensamento ocidental pela filosofia platônica. Buscaremos aqui, apontar a hipótese nietzschiana de como surgiu o impulso pela busca da verdade, que será considerada pelo filósofo um tipo de invenção humana criada e moldada como maneira de se apegar a algo que é moralmente aceito.
Sócrates então será o alvo da crítica nietzschiana por ser considerado pelo filósofo alemão o precursor dessa busca incansável pela verdade. Ao declarar que apenas através da razão a humanidade poderá ser curada de todos os males, Sócrates dá a sentença de morte ao pensamento trágico predominante na Grécia arcaica, considerado pelo filósofo, um modo grandioso de vida.
Assim, Nietzsche se oporá as idéias socrático-platônicas defendendo o ‘mundo dos sentidos’ ou das sensações em detrimento do ‘mundo das idéias’ ou ‘mundo racional’, pois este pensamento trouxe consigo a instituição da metafísica que predomina no pensamento até os dias atuais.
A CRÍTICA NIETZSCHEANA AO IDEAL DE VERDADE ORIUNDO DA MORAL SOCRÁTICO-PLATÔNICA
Fabiana Ferreira Faria
A história do pensamento ocidental, segundo Nietzsche, seguiu uma vertente interpretativa que herdou a influência do pensamento socrático-platônico na interpretação que o homem tem do mundo. Ou seja, uma crença na superioridade da alma em relação ao corpo e a convicção na existência de outro mundo, superior ao mundo efetivo e determinado pelo pensamento, pelas ideias.
Com a teoria platônica das ideias, foi criada então, uma divisão cosmológica entre o mundo sensível, que é o mundo das percepções e que estaria restrito aos sentidos, e o mundo inteligível, relacionado apenas à razão. Platão interpretou o mundo sensível como sendo o mundo das aparências e o mundo inteligível