A Crise De 2008
Com pouco mais de 300 milhões de habitantes, os EUA possuem um PIB de aproximadamente US$13,8 TRILHÕES. Para efeito de comparação, os países da União Europeia (num total de 27 países até 2008, incluindo 4 países do G8 – grupo dos países mais ricos do mundo e mais a Rússia – que são Alemanha,
Itália, França e Reino Unido) é de US$16,8 TRILHÕES. Como se vê, sozinho os
EUA produzem quase o mesmo que todo o bloco europeu. Sozinho, os EUA importam US$ 2 TRILHÕES em produtos e serviços do resto do mundo.
Pela bolsa de Nova York são negociados US$35 TRILHÕES em ações todo ano.
Na bolsa NASDAQ, voltada para ações de empresas do ramo tecnológico, são outro US$17 TRILHÕES. Com estes números, fica evidente que quando falamos de EUA, falamos em valores realmente vultosos de dinheiro. É o centro do capitalismo. Fazemos aqui um resumo e compilação do passo-a-passo do que levou à crise:
1 – logo depois da crise das empresas “pontocom”, em 2001, o Federal Reserve
(Fed, o BC americano) passou a reduzir sua taxa de juros, a fim de baratear empréstimos e financiamentos e encorajar consumidores e empresas a voltarem a gastar;
2- funcionou! Os consumidores voltaram a comprar. Com a compra aquecida de imóveis, os preços destes começaram a subir. Os imóveis viraram fonte de investimento: compra-se barato hoje para, num futuro, revender por um preço maior e lucrar com a diferença, ou simplesmente ter a garantia de um investimento valorizado;
3 – cresceu a procura por hipotecas, ou seja, os americanos pediam dinheiro emprestado aos bancos dando como garantia de pagamento as suas próprias casas. Usavam este dinheiro para consumir mais e mais e, inclusive, comprar mais de uma casa;
4 – grandes empresas hipotecárias começaram a emprestar dinheiro para uma classe de mau-pagadores e mesmo de inadimplentes, a chamada “subprime”.
Neste caso, claro, os juros pelo risco é maior, o que garante maiores lucros para a empresa