A contribuicao das microfinancas para o financiamento de novos empreendimentos
Mateus Alberto Manjate
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
Escola Superior de Negócios e Empreendedorismo de Chibuto
Projecto de Pesquisa
Março de 2013
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
Um dos problemas mais difíceis no processo de criação de novos empreendimentos é obter financiamento. Para o empreendedor, o financiamento disponível precisa ser considerado a partir da perspectiva de dívida versus capital próprio, cujo o último na maioria dos casos tem sido insuficiente para satisfazer as necessidades com o capital de giro e despesas correntes.
Devido às diferenças socioeconómicas existentes na população moçambicana, a necessidade de prestar, de forma sustentável, serviços financeiros eficientes e de qualidade às populações carenciadas constitui, mais do que um objectivo social, um imperativo económico, motivado pela perspectiva de em algum dia se ter uma vida melhor, com estabilidade de emprego e pela redução do ciclo de pobreza no nosso país. O fluxo de fundos financeiros se observa de uma forma desigual entre os demandantes de capital que pretendem financiar seus projectos ou ideias de negócios, quer sejam de criação de emprego, quer sejam de geração de rendimento.
A garantia física constitui uma das condições primordiais exigidas para que um indivíduo possa ter acesso ao financiamento em uma Instituição Financeira, independentemente da viabilidade económico-financeira e da sustentabilidade que a ideia do negócio apresenta. Assim sendo, um indivíduo dotado de conhecimentos, sempre tende a criar mecanismos para desenvolver actividades produtivas, partindo de oportunidades que este vai identificar no ambiente que lhe rodeia. Ora, tendo a oportunidade de negócio já identificada, o passo seguinte seria o planeamento estratégico do negócio (Plano de Negócio) e a devida exploração, facto este que se revela na maioria das vezes inalcançável devido a falta de