A conquista definitiva do ambiente terrestre: o ovo amniótico.
No fim da Era Paleozóica, a expansão das plantas e em seguida dos invertebrados pelo ambiente terrestre, possibilitou um novo ambiente para os vertebrados e impôs novas forças seletivas. As demandas da vida na terra são bem diferentes daquelas necessárias em um ambiente aquático. (A vida dos Vertebrados, 4ed.)
Em torno de 340 milhões de anos atrás ocorre o surgimento, no registro fóssil, dos primeiros amniotas, os répteis. O ovo amniótico conferiu aos répteis decisiva vantagem sobre os anfíbios, possibilitando seu domínio sobre o mundo, durante mais de 150 milhões de anos.
Foi a partir do surgimento do ovo amniótico (série de membranas que protegem o embrião) que esses animais puderam, de forma definitiva, conquistar a terra firme.
Com o ovo amniótico, os vertebrados não precisaram mais passar por um estágio larval seguido de metamorfose – o que ocorre em anfíbios de modo geral.
O grupo de vertebrados dotados de ovo amniótico – chamados de amniotas – reúne os mamíferos e os répteis (incluindo dinossauros e aves). Esse ovo pode ter uma casca dura, como ocorre em grande parte dos répteis, ou ser composto apenas pelas membranas, como no caso dos mamíferos.
O ovo amniótico parece ilusoriamente simples. No entanto, é responsável pelo suprimento alimentar do embrião em desenvolvimento e por sua proteção contra danos e dessecação. Ao mesmo tempo possibilita obter oxigênio, e desfazer-se dos produtos de desassimilação. Estas funções são levadas a cabo por uma série de membranas embrionárias e pela casca.
A larva dos anfíbios começa a se alimentar em um estágio prematuro.
Nos amniotas ela permanece tempo mais longo dentro do ovo, alimentando-se da grande reserva alimentar constituída pelo vitelo (gema).
O vitelo (gema) é cercado por uma membrana, atravessada por abundante rede de vasos sanguíneos, que transporta o material alimentar ao embrião, na medida em que este o necessite.
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