A Civiliza O Bizantina
Embora Roma tivesse sido conquistada pelos germanos, em
476 d.C., a parte oriental do Império sobreviveu. Sua capital,
Constantinopla, a antiga cidade de Bizâncio, inaugurada em 330, situada na região do estreito de Bósforo, dominava a passagem da Ásia para a Europa e do mar Negro para o Egeu.
A sobrevivência do Império Romano do Oriente ou Império
Bizantino, como passou a ser mais conhecido, deveu-se ao controle das vias marítimas do comércio internacional, pois Constantinopla era um dos principais terminais das rotas de caravanas vindas da Ásia. Apesar da futura pressão islâmica, o Império
Bizantino dominava boa parte do comércio no Mediterrâneo Oriental.
Os lucros obtidos possibilitaram a manutenção de um exército e uma armada poderosos. Os bizantinos também os utilizavam para pagar os “bárbaros”, como eram chamados os povos
História Geral 93 que não tinham a cultura greco-romana, comprando a paz e desviando- os para o Ocidente. Enquanto a Europa Ocidental era parcialmente germanizada, o Império Oriental se helenizava, sob forte influência oriental.
Justiniano tornou-se imperador de Bizâncio em 527. Ambicioso, aliado da elite mercantil, reconquistou territórios para reconstruir o antigo Império Romano. Suas conquistas objetivavam as antigas rotas comerciais, principalmente na área mediterrânea.
Com a reconquista do Egito, Justiniano se apossou do tradicional
“celeiro de trigo”, garantindo o abastecimento de Constantinopla.
Retomou boa parte do norte da África, o sul da Itália
(Nápoles) e da Espanha, ilhas como Sicília, Córsega e Sardenha.
Novamente o mar Mediterrâneo pertencia aos romanos, porém os do Oriente.
Justiniano centralizou a administração, escolhendo pessoas pela sua capacidade funcional. Submeteu a Igreja cristã ao seu domínio, particularmente o patriarcado de Constantinopla.
Esta política recebeu o nome de “cesaropapismo”, ou seja, o domínio do Estado sobre a Igreja, largamente utilizado pelos seus sucessores.
Com sua morte