A AVALIAÇÃO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: UM RECORTE SOBRE A EXPRESSÃO ORAL
Acacia Lima Santos (Professora/UFS)
A avaliação é um dos elementos mais discutidos no campo da educação. Isso se deve ao fato de que estudiosos não chegam a um acordo sobre seu valor, função e como deve ser aplicada. Por muito tempo, foi considerada o “carrasco” do processo de ensino e aprendizagem nas escolas, pois se restringia a ser apenas um instrumento pontual, algumas vezes com finalidades punitivas. Além disso, a avaliação não conseguia informar o que realmente o aluno havia aprendido e só levava em conta o resultado final.
Atualmente, percebemos que se figura uma nova imagem nos sistemas avaliativos. Mais que um instrumento, entendemos a avaliação como um processo sistemático de obtenção de informações, implicando juízos de valor e orientando em direção à tomada de decisões (FERNÁNDEZ TEJADA, 1999, p. 33). Ainda assim, nada fácil de planejar e executar.
A avaliação em línguas estrangeiras tampouco é um processo simples. Bordón (2004) acredita que não devemos escolher uma razão para aplicá-la, mas sim várias. A autora destaca três principais motivos de acordo com cada campo de estudo. Primeiramente explica que a avaliação, por razões didáticas, é aquela que fornece dados sobre o processo de ensino e aprendizagem, inclusive, ajudando a esclarecer seus objetivos. No campo da linguística aplicada, a avaliação seria importante na medida em que propicia informações a respeito dos erros que cometem os aprendizes, podendo assim, obter uma análise da interlíngua. E por fim, essa autora julga necessária a avaliação por questões operacionais, aquela que de certa maneira tem como verificar a competência para o uso da língua dos aprendizes.
Seja qual for a razão, entendemos que o mais complexo na avaliação é encontrar um parâmetro que consiga contemplar de forma universal como ela deve ser, visto que os processos de ensino e aprendizagem são diferentes, com públicos distintos e